quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Só é isso que peço!

Não quero mais dinheiro
Não quero mais prendas
Não quero que tenham pena de mim
Quero só que tenham respeito
Não quero que me felicitem
Pelos prémios que recebo
Apenas que tivessem respeito
Como eu, por eles tenho
Não quero beijinhos
Como se de um cão abandonado se tratasse
Que se leva para casa por uns tempos...
Porque se tem pena
Não quero ter aumentos
No meu salário
Não quero receber horas extraordinárias
Quero, acima de tudo receber amor e respeito
Não me dêm os parabéns
Por acabar o curso...
Afinal, sempre foi isso que eu quis
E pelo que ainda estou a lutar
Não quero que me facilitem a vida
Por ser quem sou...
Por ter o apelido que tenho
Apenas gostava que me respeitassem
Fico agora à espera
De um momento melhor
Para poder agradecer a quem merece
A felicidade que me proporcionaram
Não quero mais dinheiro
Não quero mais prendas
Só uma:
Respeito!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Acabando um ciclo... começando outro

Muitas vezes me questiono sobre as opções que fui tomando ao longo do tempo que já vivi, ou seja, há 25 anos. Completo no próximo dia 30 vinte e seis primaveras. Qual o balanço, e que resultado obterei? Tenho tantas hipóteses de resposta que não vejo forma de o terminar. Já fiz tanta coisa: boa, má... Já fiz sofrer algumas pessoas mas também já me fizeram sofrer. Conheci tanta gente boa, e tanta gente que aparentemente seriam boas, mas após algum tempo de convivência vi que eram realmente más pessoas. Nunca pensei ser traído por alguém que gostava tanto de mim, tanto como amigo, mas até mais como irmão.
Conheci tanta gente, que hoje em dia, são importantes e especiais para mim, o que é positivo. Na minha vida vai-se fechar um ciclo na noite de dia 30, e outro começerá no dia 1 de Outubro. Não sei se a mudança que se avizinha será a melhor para mim, mas toda a gente diz que devo conhecer novas coisas, enfrentar desafios diferentes, problemas que são criados, de propósito para nos fortalecer, como diria a minha MELHOR AMIGA, Joey! Concordei com tudo o que ela me disse, mas fiquei de facto, por momentos, enfraquecido. Quero abrir a página nova do meu livro, e talvez nele, começar a escrever com caneta de ouro. Sei que a amizade é a minha empresa e tenho que evitar que ela vá à falência, por isso, vou negociar com todos os meus amigos. Quem sabe se o ano que se avizinha não será o ano da mudança: o ano em que eu mude tudo e mais alguma coisa: carro, casa, cidade, país? Quem sabe se para o ano não estarei num sítio onde gosto mais, com quem gosto... Quem sabe que esta oportunidade de poder ser feliz se abra, do outro lado do mundo?
Como disse há tempos: se a minha felicidade estiver a muitos quilómetros daqui, sou capaz de deixar o conforto e tudo o que estava habituado, e viajar... até à felicidade! Fica aqui o desafio, fica aqui a questão, porque a verdade é uma:

- PRECISO de SER FELIZ!
- Onde? NÃO INTERESSA! SÓ QUERO SER FELIZ!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Todos os dias são especiais

Dia 23 de Maio é um dia como outro qualquer
No entanto para mim é Especial... Talvez por isso mesmo
Quero dedicar algumas palavras, também elas especiais...
Amo a minha família e os meus amigos

O coração é do tamanho do Mundo
No entanto pode levar à destruição, mas o amor tem de vencer
E o segredo está nas coisas simples, em observar
O que nos rodeia e valorizar o que temos de Bom

É incrível como a nossa maneira de pensar vai mudando
Vai amadurecendo e vai conseguindo ficar cada vez mais clara
Somos enganados até um dia, temos na frente
Uma longa amizade que parece sólida e no entanto derrete com facilidade

Mas o mais incrível é pensarmos que durante anos convivemos
Com alguém que achamos que é mais um (a) entre mil
E um dia percebemos que a nossa amizade é linda e sólida
Que transmite paz, confiança e vontade de ser cada vez melhor

Será que o tempo também dá uma ajuda?

Ou é a química do ser humano que vai ficando mais apurada?
Se te identificares com o que escrevi aqui...
Quem sabe se não terá sido para ti..!

Participações de seguros do ramo automóvel em Portugal

Caros leitores, recebi hoje um mail de uma amiga minha e quis partilhar convosco esta pequena maravilha. Trata-se de algo verdadeiro... Leiam até ao fim:

1) O falecido apareceu a correr e desapareceu debaixo do meu carro!

2) Para evitar bater de frente no contentor do lixo, atropelei um peão!

3) O acidente aconteceu quando a porta direita de um carro apareceu de esquina sem fazer sinal!

4) A culpa do acidente não foi de ninguém, mas não teria acontecido se o outro condutor viesse com atenção!

5) Aprendi a conduzir sem direcção assistida. Quando girei o volante no meu carro novo, dei comigo na direcção oposta e fora de mão!

6) O peão bateu-me e foi para baixo do carro!

7) O peão não sabia para onde ia, então eu atropelei-o!

8) Vi um velho enrolado, de cara triste, quando ele caiu do tejadilho do meu carro!

9) Eu tinha a certeza que o velho não conseguia chegar ao outro lado, por isso dei-lhe uma ajudinha!

10) Fui cuspido para fora do carro, quando ele saiu da estrada. Mais tarde fui encontrado numa vala por umas vacas perdidas.

11) Pensei que o meu vidro estava aberto, mas descobri que estava fechado quando pus a cabeça de fora.

12) Bati contra um carro parado que vinha em direcção contrária!

13) Saí do estacionamento, olhei para a cara da minha sogra e caí pela ribanceira abaixo!

14) O tipo andava aos ziguezagues de um lado para o outro da estrada. Tive que me desviar uma porção de vezes antes de o atropelar.

15) Já conduzia há 40 anos, quando adormeci ao volante e sofri o acidente!

16) Um carro invisível veio de não sei onde, bateu no meu carro e desapareceu!

17) O meu carro estava estacionado correctamente, quando foi bater de traseira no outro!

18) De regresso a casa, entrei com o meu carro na casa errada e bati numa árvore que não é minha!

19) A camioneta bateu de traseira no meu pára-brisas, em cheio na cabeça da minha mulher.

20) Disse à polícia que não me tinha magoado, mas quando tirei o chapéu percebi que tinha fracturado o crânio

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Aquele amor

Chegamos a um ponto da nossa vida, não sei se isso acontece em todos, mas ao chegarmos a esse ponto, não sabemos o que realmente queremos de verdade. Não sabemos se queremos andar no curso onde estamos, se queremos a mesma vida, os mesmos amigos, a mesma rotina, a mesma cidade. Mas o que mais magoa é quando não sabemos se aquele amor que existe em nós é satisfatório, se continua a fazer o mesmo bem que fazia nos primeiros tempos... Lutamos até demais por ele, mas os resultados, são sempre os mesmos.
E nesse momento ficamos, com o pensamento bem longe... Pensamos se deveríamos mudar, procurar um novo amor ou continuar (apesar das dúvidas!), sem aquele resultado esperado, mas com as pequenas atitudes que nos deixam felizes. Aquele amor foi embora sem nos dar explicações, aquele amor que tivemos mas que discutimos, o amor que nos traiu, aquele amor platónico da infância, aquela amizade que virou paixão e que permaneceu na amizade, aquele amor que precisou ir embora por motivos de emprego, aquele amor que foi morrendo aos poucos, aquele amor que só fazia mal, aquele amor de carnaval, aquele amor que vimos passar num final de tarde, na fila do banco, no supermercado...
São tantos os amores, mas nada é maior que aquele amor que não conseguimos esquecer de maneira nenhuma. Aquele que por mais que passem os anos, permanecerá dentro do peito. Aquele amor proibido, que de proibido se torna ainda mais amor, mais desejado. Sim, esse amor fora do normal, que sonhamos com o final feliz. Que vive em certos corações ardendo em paixão e solidão, pois muitos não podem viver juntos e assim estão separados pela distância, por causa de outra pessoa.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Sabe tão bem

Sabe-me bem passar um dia contigo de vez em quando...

Sabe-me bem quando falas de mim com orgulho...

Sabe-me bem quando me abraças e me elogias ou quando falas comigo como se fosse um adulto e não como a criança que um dia tiveste nos braços.

Sabe-me bem o teu sorriso e ouvir a tua voz que conheço tão bem.

Mas principalmente sabe-me bem recordar por breves momentos a importância que já tivemos um para o outro... e que de certa maneira continuamos a ter.

Hoje, posso dizer com certeza, soube-me bem estar contigo,

PAI!

A alguém especial

Tu sabes, não preciso de explicar, a importância que tens para mim. És o melhor de mim. És quem me dá força quando já não a tenho, quem me suporta quando me sinto sem chão, quem se preocupa quando já todos viraram costas. Eu sem ti não era a pessoa que sou hoje... Comigo guardo as memórias que são só nossas de tempos que já não voltam.

Compreendes-me melhor que ninguém... sabes o que sinto mesmo sem que eu o diga. Tens sempre o sorriso... a palavra... o conselho que eu preciso.

És a minha única certeza, por mais voltas que o mundo dê, eu sei que estás sempre comigo. Temos um passado, um presente e um futuro em comum. Obrigado por seres como és, sem tirar nem pôr, com todos os defeitos e qualidades que te fazem ser única. Obrigado por teres tanta paciência para mim. Obrigado por existires na minha vida. Conta comigo para tudo, estou sempre aqui para ti.

sábado, 13 de setembro de 2008

Coisas verdadeiramente... estúpidas mas curiosas

1) Um sujeito entrou pela esquadra de polícia (deserta) numa cidade chamada Mata - Mata, na Nova Zelândia. Ele enrolou-se de tal maneira que ficou fechado numa das celas, que eram automáticas. Era, segundo consta, um rapaz precipitado...

2) Na Alemanha, um cientista (director de um centro de investigação) criou o primeiro comprimido anti - estupidez no Mundo. Segundo consta o remédio foi testado em moscas, em ratos... Ao que parece o Rato agora está convencido que é gato, e a mosca tem a mania que é uma coruja... Ficaram todos com a mania das grandezas...!

3) Um grupo de dermatologistas acabou de aprovar a eficácia da baba de caracol no rejuvenescimento... Ao que parece as mulheres ficam mais novas. A baba tem efeitos regenadoras e anti-oxidantes... Mas ao que parece, a baba tem que ser extraída quando o caracol está stressado. Mas já alguma vez viram um caracol stressado?

4) A mulher chega a casa indignada e diz ao Marido:
- Querido, vou despedir a empregada!
Ao que ele responde:
- Problema seu!
- Ela tá grávida!
- Problema dela (Diz o marido!)
- Só que ela diz que o filho é seu...!
- Problema meu...! Cada um com os seus problemas!




4)

Frases para decorar na memória... Mas não para aplicá-las na vida

1) Errar é humano. Persistir no erro é americano! Acertar no alvo é muçulmano!

2) Nunca desista de um sonho. Se não encontrar numa padaria, procure na próxima...!

3) Qualquer idiota é capaz de pintar um quadro, mas só um génio é capaz de o vender!

4) Tudo é relativo. O tempo que dura um minuto depende de que lado da porta da casa de banho a pessoa se encontra!

5) O mais nobre dos cachorros é o cachorro quente, que alimenta a mão que o morde...!

6) Roubar ideias de uma pessoa é plágio! Roubar de várias é pesquisa!

7) Quando lhe atirarem uma pedra, faça dela um degrau. Depois suba, suba, até ver bem o filho da puta...!

8) Na vida tudo é relativo. Um cabelo na cabeça é pouco, na sopa é muito!

9) À beira de um precipício só há uma maneira de andar para a frente: é um passo atrás!

10) Eu queria morrer como o meu avô: dormindo tranquilo... Não como os 40 passageiros do autocarro que ele conduzia!

11) Diz-me com quem andas, e eu digo-te se vou contigo!

12) Eu cavo, tu cavas, ele cava, nós cavamos, vós cavais, eles cavam. Não é bonito, mas é profundo!

13) Errar é humano. Colocar a culpa noutro, nem se fala...

Porto das duas caras

Vejo este Porto diferente
De rua para rua
De bairro para bairro
Simplesmente diferente

É um Porto com duas faces
Uma face bela e social
Cidade onde não há espaço para a pobreza
Nem tempo para pensar em fazer o mal

Não muito distante daqui vejo um arrumador
A fazer o que sabe,
A ganhar dinheiro da maneira mais fácil
Com um ar distante e uma voz abafada

No rádio soam acordes
De uma música que retrata o Porto
Mas oculta o que de pior há na cidade
O Porto das injustiças, das desigualdades

Olho o Porto com nostalgia
Com dor, tristeza por causa disso
Apesar de ser a cidade que amo
E que visito sem sacrifício

Amo o rio que se espraia até ao mar
Dos Rabelos nas margens sossegados
Olho para Gaia e viajo através do pensamento
Para a outra margem

Amo o Porto de noite
Sem trânsito, sem confusões
Apenas eu, o meu carro
E as minhas ruminações

Paro o carro e olho a Foz
As casas apalaçadas, os belos jardins encantados
O mar, a maior parte das vezes bravio
Outras vezes manso, mas sempre sombrio

Porto das duas faces
Mostra-me os teus lados
Faz com que haja igualdade
E diminui entre todos o espaço

Faz com que na cidade haja harmonia
Une-te com o Rio e façam uma festa
Convida os barcos, os boavisteiros
Os dragões e até os leixonenses

Acima de tudo sê fiel com todos
E faz com que em vez de pena
Te tenham acima de tudo
Por ti, respeito!


F. Az
01-04-2008

Apetece-me

Apetecia-me passear contigo
Pela praia, de manhã
Não havia nada nem ninguém
Para nos chatear

Adorava passear contigo
Naquelas manhãs de verão
Onde o calor apertava e ouvia-se:
- Aqui, bolas não!

E o que dizer das noites
Que passámos no café
A apreciar uma boa bica
E uma boa conversa

Pensando bem...
Sempre gostei de te ter
Quer no Inverno, Primavera
Outono ou Verão

Mas o pior é que não te tenho
Nunca te possui, nunca te terei
Passou por ser um sonho
Hoje? Vivo despreocupado a realidade


F. Az
01-06-2002

Apenas diferente

Custa acreditar
Aquilo que não fui capaz de suportar
Olho para dentro e digo
A minha vida está a mudar

Posso senti-la
Sem nunca a ter sofrido
Agora sofro-a
Sem nunca a ter sofrido

Saber que se está longe
Sabendo o que é amar
É como ter pernas
E não poder andar

Em busca de um ideal
De algo tão especial
Que me ajude a libertar
O eterno desejo de amar

Mas, sem saudade e determinado
Parto para o Mundo, mas com cuidado
E quando a noite chegar
Serei eu, somente...

Sem ressentimento
Sem qualquer dor
Serei tão somente...
Eu, mas diferente!


F. Az
05-02-2007

Meu Mundo... Mundo Meu

Mundo Meu, como é que me refugiarei
Da pobreza, da doença?
Da injustiça, da desigualdade
Dá-me uma pista...


Sento-me ao piano
E faço uma música
Um tema com princípio
Meio e fim


Intitulei-a de "Wounder World"
Neste tema falava sobre a igualdade
Num mundo sem guerras
Um lugar onde seria bom viver

Nesse lugar havia uma relva fantástica
Ao longe pássaros cantam
Entoam uma melodia
Impossível de a passar para o piano

Convidava toda a gente, sem excepção
A essa melodia ouvir
Nesse "mundo" não havia guerra
Nem pessoas a discutir

No meu mundo entravam todos...
Todos aqueles que gostam de mim
Entrava também a poesia
O golfe, os animais que amo

Gostava tanto que o mundo fosse assim
Calmo!
Onde o som da guerra não entrasse
Apenas o amor, a amizade, a poesia!


F. Az
30-03-2008

Momento

Há algo que acontece
Num determinado momento
Não importa a data, a hora
Acontece e pronto...

Durante a nossa vida
Vivemos momentos especiais
Podem ser alegres,
Tristes ou neutros

Simplesmente vão existindo
Durante os anos que por cá andamos
Pode ser no dia do nosso casamento
Ou no nascimento do nosso filho

Já tive, já vivi...
Momentos alegres
Momentos tristes
Simplesmente momentos...

Se me perguntarem
O que quero para sempre
Responderia de forma simples e concreta:
- Ser feliz! Chega?


F.Az
30-03-2008

Entrar no local dos sonhos

"... Costumava dizer ao seu fiel amigo, (...), que a sua memória era como a barriga do navio onde se conheceram, vasta e sombria, repleta de caixotes, de barris e de sacos onde se acumulavam os acontecimentos de toda a sua existência. Acordada, não era fácil encontrar alguma coisa naquela imensa desordem, mas adormecia, conseguia sempre fazê-lo..."
"... Tal como Mama Fresia lhe ensinara nas noites doces da sua infância, quando os contornos da realidade eram apenas um traço fino de tinta pálida. Entrava no local dos sonhos por um caminho muitas vezes percorrido, e regressava com grandes precauções, para que as ténues visões não se despedaçassem contra o luz áspera da consciência..."
Excerto do livro de Isabel Allende "Entrar no Local dos Sonhos"

Pensamento de hoje

Quem nunca chorou quando perde um amigo? Quem nunca fica triste, quando vemos alguém de quem gostamos partir? Quem nunca teve a coragem de impedir a partida de alguém muito especial, para continuar feliz? Sinto tantas vezes essa tristeza, que teima em aparecer. Porque é que perdemos quem gostamos? É justo? Juro que desta vez não vou chorar! Vou antes apoiar. Se a felicidade está do outro lado do Mundo, do Oceano cabe-me a mim ajudar a ultrapassar os maus momentos, e as inevitáveis SAUDADES!
Pensem nisto, bom fim-de-semana!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Balanço a 19 dias

Hoje por momentos, sentei-me no meu puff e olhei o céu...
Faltam 19 dias para completar mais um aniversárioO balanço que faço?
É positivo num aspecto: tenho mais amigos
Amigos especiais, é certo!

Perdi por momentos a noção do tempo
Se bem que não me importo com isso
Não tenho nada para fazer...
Amanhã não tenho que acordar cedo

Ligo o meu Ipod
Ouço por momentos um Jazz
Olho o céu e reparo numa estrela
Que brilhava mais do que as outras

Peço um desejo...
Mas depois recuo...
Porque esta é uma estrela "normal"
Não uma cadente

Nunca liguei muito a isso
De que temos de pedir um desejo...
Trincar uma vela de cera
E "vomitar" um discurso a seguir

Acho que essa fase já me passou
A de convidar a família toda
Dar trabalho lá em casa...
Pedir o toucinho da avó

A poucos dias de completar 26 anos
Noto que estou diferente
Mais maduro do que no ano passado
Com mais interesses

Adoro sair
Estar num bar com amigos a conversar
Ouvir boa música, criar algo diferente
Nem que seja simples




11 de Setembro: 7 anos depois

Continua a ser uma pessoa que acredita nas primeiras reacções ao que se passou no dia 11 de Setembro de 2001? Continua a acreditar no que disseram naquela tarde de Setembro em Portugal? Quase toda a gente acreditou... até eu. Mas será que vale a pena continuar a acreditar nas teorias oficiais? FBI; CIA; REUTERS; CNN? Acho que não, mas vamos por partes.



Já passaram uns anos (7) e alguns daqueles que tiveram dúvidas no próprio dia 11/09/2001, continuaram a sua busca pela verdade, se é que ela é existe... Apareceram novas provas, bem como análises de peritos às várias ocorrências daquele dia. O "Movimento pela Verdade" ganhou força e agora já há muitas pessoas que não acreditam nas "teorias oficiais". Eu pessoalmente, também não acredito... senão vejamos:

1) As falhas na Defesa Aérea dos EUA

2) Desabamento das Torres Gémeas

3) A destruição do Edifício 7

4) Ataque ao Pentágono

5) Vôo 93

São estes os aspectos que levantam dúvidas, muitas dúvidas.

Se juntarmos a isso tudo o que se passou num passado recente e no que está a acontecer no pós 11 de Setembro, ficamos ainda com uma ideia mais clara do que o Governo dos EUA preparou, em parecia com a Al Qaeda, ao qual resultaram milhares de vítimas mortais.

Twin Towers: A explicação oficial que as Torres Gémeas entraram em colapso devido aos estragos provocados pela colisão e ao stress causado pelo fogo, é incompatível com o básico senso comum do ponto de vista das provas que sobreviveram. As Twin Towers não colapsaram devido à gravidade, nem foram implodidas. Em vez disso foram explodidas, reduzidas a pó e pedaços de metal. Isto é óbvio pela análise das abundantes provas fotográficas e vídeo que sobreviveram à censura. Estas provas mostram que as torres foram consumidas numa questão de segundos numa núvem em forma de cogumelo, espalhando 75% do seu peso para fora da sua base, de uma forma simétrica e radial. Os impactos dos aviões serviram como uma manobra de diversão da realidade das torres terem sido destruídas por pessoas de "dentro" dos EUA. O choque inicial e a espectacularidade das imagens produzidas pelos embates, fixaram o pensamento das pessoas nesses momentos e definiram-nos como os momentos principais do ataque. Os 18 minutos que existiram entre o 1º e o 2º impacto asseguraram a cobertura total, por parte dos media, do 2º ataque...

Pentágono: Por volta das 9:36, 81 minutos depois de ter sido sequestrado e se ter desviado da rota, depois de ambas as torres terem sido atingidas, mas antes de terem explodidos, um Boeing 757, presumivelmente o vôo 77, aproximou-se do Pentágono. Após ter sobrevoado a capital a partir do Norte, fez uma curva de 270º acompanhada de uma descida de 7000 pés, aproximando-se e acabando por embater no Bloco Oeste do Pentágono às 9:39m.

Algumas testemunhas no local disseram que o avião inclinou ligeiramente e a asa esquerda tocou no heliporto. Várias pessoas descreveram que o avião embateu no chão mesmo em frente à fachada e explodiu.

Vôo 93: O 4º avião sequestrado em 11/9/2001 despenhou-se em Shanksville, como resultado de uma luta no cockpit entre os sequestradores e os passageiros que tentaram assim ganhar o controlo do avião e prevenir que este se despenhasse contra o alvo dos terroristas, a Casa Branca. Algumas das conclusões de um estudo rigoroso feito por pessoas "fora" dos EUA foram as seguintes:

A) O Vôo 93 terá sido abatido no ar, apesar de poder ter havido luta pelo cockpit pela parte dos passageiros...

B) As autoridades poderão ter algo a esconder sobre este vôo, já que alteraram a hora a que este se terá despenhado...

Tirem as vossas próprias conclusões, enquanto assistem a este vídeo colocado na Internet sobre o 11 de Setembro. Algumas das imagens podem ferir pessoas sensíveis, mas são imagens a que não conseguimos ficar indiferente... E façam hoje um minuto de silêncio em memória das vítimas. Até ao próximo artigo!


terça-feira, 9 de setembro de 2008

If tomorrow never comes

Sometimes late at night
I lie awake and watch her sleeping
She's lost in peaceful dreams
So I turn out the lights and lay there in the dark



And the thought crosses my mind
If I never wake up in the morning
Would she ever doubt the way I feel
About her in my heart

If tomorrow never comes
Will she know how much I loved her
Did I try in every way to show her every day
That she's my only one

And if my time on earth were through
And she must face this world without me
Is the love I gave her in the past
Gonna be enough to last

If tomorrow never comes!

'Cause I've lost loved ones in my life
Who never knew how much I loved them
Now I live with the regret
That my true feelings for them never were revealed

So I made a promise to myself
To say each day how much she means to me
And avoid that circumstance
Where there's no second chance to tell her how I feel

If tomorrow never comes
Will she know how much I loved her
Did I try in every way to show her every day
That she's my only one

And if my time on earth were through
And she must face the world without me
Is the love I gave her in the past
Gonna be enough to last

If tomorrow never comes
So tell that someone that you love
Just what you're thinking of
If tomorrow never comes


Música e letra de Ronan Keating

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Minha Nobre e Invicta Cidade

Nem de propósito... ter passado ante-ontem pela minha cidade e ontem alguém me enviou um Power Point com imagens e textos dedicados à cidade do Porto. O Porto, não é só o F.C.P, seria injusto para os adeptos portistas espalhados pelos quatro cantos do mundo considerá-lo como tal (Eu incluído)...

Mas foram as suas gentes (de quem eu me orgulho desde a pronúncia à genuinidade inerente), que aliadas à belíssima cidade deram origem a este nobre clube que todos amamos e que a maldade alheia tenta ferir, mas enquanto houver um - um que seja - PORTISTA nunca o conseguirão.

Adoro-te minha cidade do Porto, a ti Futebol Clube do Porto - prometo defender-te e apoiar-te incondicionalmente. As frases que se seguem os autores estão entre parenteses. Espero que gostem:


O b pelo v
"Se na nossa cidade há muito quem troque o b por v, há pouco quem troque a liberdade pela servidão". (Almeida Garret)

Maravilhas e angústias
"O Porto é o lugar onde para mim começam as maravilhas e todas as angústias...". (Sophia de Mello Breyner)

Como se vinga
"O portuense não gosta de Lisboa.
Não gosta da polícia.
Não gosta da autoridade.
Da autoridade vinga-se, desprezando-a.
Da polícia vinga-se, resistindo-lhe.
De Lisboa vinga-se, recebendo os lisboetas com a mais amável hospitalidade e com a mais obsequiada bizarria". (Ramalho Ortigão)

Rir desbragadamente
"E quanto ao riso, o Porto gosta de rir e de rir com uma certa insolência: ri mais desbragadamente, mais primariamente, mais saudavelmente e com mais gosto que Lisboa." (Vasco Graça Moura)

Amor de papel

"... Cheguei a casa com as tuas flores de papel presas no coração (...) É assim que me sinto quando penso em ti, na tua alegria, generosidade e beleza, mesmo que o nosso amor seja feito de papel com estas flores. Não precisamos de o regar todos os dias, nem de o adubar, nem de lhe cortar os cules. Nem sequer precisamos de água: o nosso amor é quase imaterial, tu aí e eu aqui (...) É um amor de papel, frágil e opaco, leve e branco, feito de ideias, de sonhos, de esperança e de muitas cores por pintar. Um amor sem planos nem projectos, quase adolescente, intenso, puro e perfeito. Que não precisa de provas nem de palavras (...) O nosso amor é de papel como as flores que me deste, e no papel há-de ficar para sempre escrito nas minhas palavras (...) Amar é como plantar uma semente e tu já plantaste a tua no meu coração..."

Excerto de "Vou-te contar um segredo", de Margarida Rebelo Pinto

Carta aos pais

Caros amigos, recebi um e-mail há uns bons meses com este texto. Provavelmente já o leram, mas não quis deixar de o publicar. Chama-se "Aos meus pais..." e vou passar a transcrever:

"... Pode parecer estranho, mas preferi escrever-lhes a falar pessoalmente, uma vez que o pai anda às voltas com os negócios para nos sustentar e a mãe encontra-se dividida entre o trabalho, as tarefas domésticas, os cabelos, as unhas, e claro, as actividades sociais. Então, como estou com saudades vossas, resolvi pôr tudo no papel, pois certamente lerão a minha cartinha, uma vez que tirei duas cópias e vou colocar uma entre os inúmeros papéis e contas do pai, e a outra dentro da bolsa da mãe junto aos cartões de crédito.

Não pensem que estou zangado, apenas sou mais um jovem de classe média, família "bem formada", que vive sozinho em casa embora na companhia física deles, uma vez que as suas mentes e corações estão cheios de preocupações e cuidados com o presente e o futuro. Quero que saibam que os amo muito, e se der respondam à minha cartinha, pois se demorar muito, posso acabar por ser adoptado por outros "PAIS" e talvez a próxima carta seja de despedida...

Vocês perderam um filho. Eu? Perdi-me no mundo

Frases de Gabriel Gárcia Marquez

Olá amigos, depois de um artigo mais triste gostaria de vos convidar a ler estas palavras de um homem que faz sucesso no mundo. Apesar de escrever simples, todas as palavras e frases têm um significado. Então aqui vão elas:

1º) Quero-te não por quem és, mas por quem sou quando estou contigo

2º) Ninguém merece as tuas lágrimas, e quem as merece não te fará chorar...!

3º) Só porque alguém não te ama como queres, não significa que não te ame com toda a sua alma..."

4º) Um verdadeiro amigo é aquele que pega na tua mão e te toca no coração...!

5º) A pior forma de se sentir a falta de uma pessoa é estar sentado ao seu lado e saber que nunca a vais poder ter

6º) Nunca deixes de sorrir, nem se quer quando estás triste porque nunca sabes quem se pode apaixonar pelo teu sorriso...

7º) Podes ser simplesmente uma pessoa para o mundo, mas para alguém o MUNDO és TU!

8º) Não passes o tempo com alguém que não esteja disposto a passá-lo contigo!

9º) Quem sabe Deus quer que conheças muita gente errada antes de conhecer a pessoa certa

10º) Não chores porque acabou. Sorri porque aconteceu

11º) Haverá sempre quem te desiluda, assim o que tens que fazer é confiar e só ser mais cuidadoso em quem confias duas vezes.

12º) Não te esforces tanto, as melhores coisas acontecem quando menos as esperas.

13º) Tudo o que acontece, acontece por alguma razão.

Palavras para pensar

Olá amigos, hoje como me sentia um pouco em baixo, decidi visitar o meu antigo blog, e após ter escrito um texto na primeira semana de Outubro do ano passado, após ter perdido uma pessoa muito especial, o meu avô. Durante anos partilhámos situações, entre as quais:
1) Taça UEFA 2003
2) Natais Especiais em família (como não podia deixar de ser)
3) Passagens de ano
4) Vários campeonatos e jogos da Selecção
5) Porto no Japão (quando fomos campeões do Mundo)
Mas pronto, a sua alma já está em paz, faz no dia 1 de Outubro um ano, 365 longos dias sem a sua presença, sem a sua capacidade de fazer rir quem gostava dele, das bocas que mandava ao primeiro ministro e presidente do Benfica. Aquando da publicação de um post entitulado "Sabes quem és... Até Sempre", um anónimo (que sei quem foi) deixou-me umas palavras sensacionais, que passo a transcrever:
- Nas tuas mãos encontras a chave dourada, o passaporte para sempre o sentires. Lá onde quer que esteja está contigo e também tem saudades".
Sei que não sou o único a sofrer com a sua ausência, mas há quem se sinta aliviado, peço desculpa se estou a ofender, mas é isso que eu penso. Sempre que estiverem tristes pensem nestas palavras. Há sempre algo a fazer, uma viagem ao coração para falar com aqueles que amamos, mas que infelizmente já cá não estão.
Obrigado tio!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Eutanásia: Favor ou contra?

Há em muitas cabeças uma noção de vida que é chocantemente pobre, desagradavelmente rasteira, tristemente vazia. Consiste em olhar para a vida de uma forma utilitária, com base numa concepção egoísta e em critérios apenas económicos: se a vida não é útil - se não é produtiva, se não proporciona todo o prazer - então não tem razão de ser.

Se uma pessoa saudável apresenta tendências suicídas, recebe ajuda, e, inclusivamente, concedem-lhe um tratamento psiquiátrico até que passe a crise. O objectivo é procurar que essa pessoa recupere a sua auto-estima para poder viver com dignidade. Mas quando se trata de um doente incurável ou um deficiente, a discussão automaticamente gira em torno de expressões como "morte digna", "liberdade de escolher a própria morte" ou "acto final de autonomia e autodeterminação". Qual a razão desta diferença?

Pensem nisto, um abraço!

Vai

Para sonhar o que poucos ousaram sonhar.
Para realizar aquilo que já te disseram que não podia ser feito.
Para alcançar a estrela inalcançável.
Essa será a tua tarefa: alcançar essa estrela.

Sem quereres saber quão longe ela se encontra.
Nem de quanta esperança necessitarás
Nem se poderás ser maior do que o teu medo.
Apenas nisso vale a pena gastares a tua vida.

Para carregar sobre os ombros o peso do mundo
Para lutar pelo bem sem descanso e sem cansaço
Para enxugar todas as lágrimas ou para lhes dar um sentido luminoso.
Levarás a tua juventude a lugares onde se pode morrer, porque precisam lá de ti.

Pisarás terrenos que muitos valentes não se atreveriam a pisar
Partirás para longe, talvez sem saíres do mesmo lugar.
Para amar com pureza e castidade
Para devolver à palavra "amigo" o seu sabor a vento e rocha

Para ter muitos filhos nascidos também do teu corpo e - ou - muitos
Mais nascidos apenas do teu coração
Para dar de novo todo o valor às palavras dos homens
Para descobrir os caminhos que há no ventre da noite

Para vencer o medo.
Para ir mais além
Para passar cantando perto daqueles que viveram poucos anos e já
Envelheceram.

Para puxar por um braço, com carinho, esses que passam a tarde
Sentados em frente de uma cerveja
Dirás até ao último momento: "Ainda não é suficiente"
Disposto a ir às portas do abismo salvar uma flor que resvalava.

Disposto a dar tudo pelo que parece ser nada
Disposto a ter contigo dores que são sementes de alegrias talvez longe.

A minha maneira de ser

Não espero que compreendas
Talvez a única maneira possível de estar no mundo
Seja estar sozinho. Para todos os efeitos
A culpa é minha

Porque te disse que podíamos ficar amigos
Quando o amor se esgotasse a si mesmo
Sem te dizer que pouco me preocupo
Com os meus amigos
Que não tenho tempo para eles

Acabarás por aceitar as saudades
Como parte integrante de um outro qualquer sentimento
Que então não saberás muito bem definir
Ou uma mera existência sem nada que se lhe possa associar

Alguém que passou, apenas
Por mim, tudo bem.
Delicio-me demasiado com os caminhos do meu pensamento
Da minha própria imaginação

Encontro muito mais felicidade nas coisas como elas poderiam ser
De que nas coisas como são


12 de Março de 2007

Saudade em nós

Desencanto-me com o teu regresso
Porque só sem ti a vida tem valor,
Mesmo que me traga muita dor
Saber que só contigo sou sonhador!

A tua presença é como a água
Purifica, lava e refresca
Renova terrenos azedos
Que um dia trará tempos de festa!

Pudera em mim também
Fazeres tais maravilhas
Na esperança, ter a certeza
Que as nossas vidas não serão vazias!

Ai daquele que em ti vive
Esquecendo que ainda há vida
Na qual te poderias tornar
Mais que uma maldição, uma amiga

Se em mim dizem viver
A coruja que de noite caça
É porque de dia contigo aqui
Sonho enquanto o tempo passa

E quando acordo a ver a lua
Em mim não deixas de existir
Acompanhas-me uma vez mais
E acabas por me ver sorrir...!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Por momentos... eu somente

Hoje, por momentos, sentei-me à beira-rio a olhar o infinito, a ver o velho casario, a imponente Torre a mostrar sem vergonha nem pudor a sua idade, o Rio calmo e tranquilo, os barcos rabelos à espera de turistas que teimam em não chegar, ou a chegar tarde, dizendo sempre a mesma coisa: perdemo-nos.
Soube tão bem, por breves momentos sentar num banco e olhar o rio, olhar o Mundo do outro lado, imaginar as filas intermináveis, as businadelas escusadas, as bocas do arrumador, regra geral, chateado com o mundo... Foi tão bom ficar a olhar o rio, colocar os meus phones e saborear um Jazz, tão puro quanto o rio. Sabe tão bem nestes momentos sentir-me estrangeiro, abstrair-me de tudo o que se passa à minha volta e visitar, se bem que, de longe o Porto. Os preparativos da Red Bull, os eternos arrumadores a gerir os espaços públicos (muitas vezes proibido) mas aquela azáfama desaparece nos momentos em que me sento e olho o Porto, o meu Porto. Aquele Porto belo, sem problemas sociais, sem trânsito, sem confusões... Por coincidência soam no Ipod os primeiros acordes de um "Porto Sentido" que o Rui canta sobre uma aguarela de Carlos Tê. Assim, sim! Sinto que estou em casa, sinto-me seguro neste Porto, que tão bem sabe receber...
Fecho os olhos, viajo, viajo, viajo... Um dia quem sabe perca a cabeça e decida ficar por lá. Vamos ver quando é que isso acontece. Vontade? Não me falta...
Ao meu Porto, visto de Gaia!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Será que...

Será que...
Me fazes mal e eu igual...

Será que...
Quero beijos e sussuros misturados a gemidos
Quero o teu corpo suado...
Quero as tuas mãos a passear no meu corpo...
Quero as minhas pernas suspensas nas tuas...

Será... que...
Preciso do teu corpo saciando o meu desejo...
O desejo que está aceso, latente no meu corpo
Que quero, que beijes, que arranhes, que mordas...
Que te entregues, que sejas voraz, que me devores

Será que...
A minha boca te chama para o roçar leve da tua
Língua...
No meu corpo...
Lambendo os meus suores, libertando o meu desejo

Será que...
Me fazes mal e eu igual...


Poema de Maria Pereira

Lisboa depois da chuva

Não sei se é a música

Que há nos delineamentos

Do teu rosto

O que me atrai


Ou os meus pensamentos

Estão-me a enganar outra vez

Imagino ou recordo

A cidade onde um dia


Talvez estivesse feliz.

Cidade-deserto

Que no teu vazio te perdes

És tu a luz perfeita sobre os telhados


Numa tarde lúcida e imóvel?

Cidade-destino,

És tu a palavra

Por alguém inventada


Um exercício mental

De alguém que pôs

Num único lugar

A felicidade pura


A claridade de um olhar

Um amor impossível,

A pastelaria habitual

O eléctrico proverbial


E tudo aquilo

Que generosamente

Cabe num postal?

Ouve-me: a chuva parou


E o meu coração

Silenciosamente

Como uma estrela

Cai no teu mar



Poema de Dean Trdak


P.S.) Gostei do texto, portanto quis partilhá-lo com vocês!

Um dia no Alentejo

... Um dia, no Alentejo, gostei de estar vivo, acordei com um sorriso a sair-me pela cara, era uma coisa estranha, analogia que faço de um parto, e o nascido a sorrir-me contínuo na cara, levantei-me da cama, eu e ele, era um tumor de janela, daqueles que nos empurram para a vida, oferecem-te um relógio sem dígitos, nem ponteiros, e tu sorris para dentro desse tempo, com os olhos de alguém que acabou de nascer em ti.

Ofereces as tuas mãos e lavas-lhe a cara, os dentes, a barba, e as outras coisas que devagar continuam todos os dias... Um dia no Alentejo, gostei de saber que vinham para almoçar, cozinhei tão devagar como as outras coisas, um arroz de tamboril com gambas, pus no muito frio o vinho branco, cerveja para quando chegassem, amor a rodos da casa.

Não digo o nome deles, porque para mim nunca terão um nome que os torne mais amados por mim, amor a rodos na casa, sobre as cadeiras, sobre a mesa, água nas torneiras. Um dia, no Alentejo, jurámos estar no funeral uns dos outros, arroz de tamboril com gambas, vinho branco no muito frio, um abraço e um beijo na boca de um homem, na de uma mulher, um beijo na boca de um peixe, um beijo..."


De Miguel Patrício!

Pequeno aparte

Aproveito um pequeno desabafo para lhes falar de uma nova realidade (ainda ontem comentei com família)... a publicidade nos blogs. Não falo daquela publicidade que nos chega ao blog diariamente em forma de SPAM, mas sim a publicidade paga, seja em forma do google adsense seja noutra forma qualquer.

FIzeram-me recentemente uma proposta para colocar publicidade no fundo da minha página. Não interfere em nada com a qualidade da exposição da poesia e vem trazer algo de novo ao blog que não é necessariamente mau... será pequeníssima e mal vão reparar nela, mas vai compensar bastante tê-la (se assim o fizer).

Ao mesmo tempo pondero a possiblidade de colocar adsense, que é publicidade paga por click, ou seja, o blog recebe dinheiro sempre que os visitantes carregarem no link da publicidade sempre que lá virem algo que lhes interesse. Aqui a questão é outra, requer mais espaço e outra interacção dos visitantes. Ainda estou a ponderar se a coloco ou não, sendo que uma coisa garanto e prometo, o conteúdo de qualquer publicidade exposta no "Olhar sobre mil palavras" nunca irá incluir pornografia, sexo, jogo-online e outras coisas más.

Um abraço a quem me visita...!

A mais alta solidão...

"... Enquanto estive no hospital recebi visitas, correspondência, homenagens, entrevistas - tanta coisa que as enfermeiras até brincavam comigo. A senhora das relações públicas dizia que o director do hospital estava zangado pois eu recebia mais correspondência que ele... Estava a brincar, é claro!...

"... Mas a verdade é que recebi muita correspondência e isso fez-me bem à alma. Chegaram cartas de pessoas que não conhecia, apenas com o meu nome, a indicação "alpinista português" e com a morada "Hospital de Zaragoza, Espanha." As pessoas até ignoravam que havia pelo menos três grandes hospitais nesta cidade... Mas o importante é que essas cartas chegaram! Houve muita gente que foi de propósito ver-me, como se Saragoça fosse já ali ao lado. Mas não fui só acarinhado por gente de Portugal. Também os médicos e enfermeiros espanhóis me ajudaram muito, naqueles momentos difíceis da minha vida..."

"... Deixei o hospital 92 dias mais tarde, depois de sofrer amputações das pontas dos dedos e do nariz. Quando entrei ali, já sabia tudo o que tinha perdido para sempre, no Evereste. Mas também já sabia que, pelo menos, para mim a vida continua. Ainda há muitas montanhas para subir. Só mudaram as regras, o jogo continua a ser o mesmo..."


Ninguém consegue ficar indiferente a este final, o final quase feliz do João Garcia, grande referência mundial no que toca a escalar as montanhas mais difíceis do Mundo. Esteve fora uns tempos, agora regressou com vontade para escalar o resto das montanhas com mais de 8 000 metros, sem assistência.

Felicidades, João!

A cidade, como nada tivesse mudado

"... A cidade como se é o Porto como se nada tivesse mudado. (E, em certas ruas e sítios, por fora, de facto nada mudou). Mas refiro-me a nada ter mudado por dentro (de nós), nos afectos e memórias e na relação de amor unívoco que com ele mantemos. A cidade como se é possível porque inventada - entendi distintamente a significação de tal ideia. À boa maneira pragmática do Burgo, existe porque sim..."


Mais um excerto do livro "Porto da cidade inventada..." de Hélder Pacheco.
Aconselho a ler... vivamente!

Na encruzilhada dos afectos

"... Uma cidade onde cada recanto nos evoça a lembrança de alguém, onde muitos sítios nos prendem numa teia de referências que balizam os instantes de viver - ou quem poderá advinhá-lo? - de morrer. Uma cidade onde as separações e as ausências suscitam a vontade, por vezes irreprimível e inexplicável, de regressar conforme o sentido revelado por Augustina, numa das personagens da história de Fanny Owen: quando se viu naquele paço que parecia inspirado num cenário de cosi fan tutti, deram-lhe umas saudades tão pungentes do Porto, que pouco faltou para meter os pés ao caminho e voltar para lá..."


Excerto retirado do livro "Porto da cidade inventada"
Actualmente, o meu livro de mesinha de cabeceira. Tenho aprendido coisas incríveis sobre esta magnífica cidade!

... Da cidade inventada

A minha musa é nobre e independente
E não sabe moldar-se a adulações
Despresa a opinião profundamente
E não procura glória nos salões
No teatro, não vai com voz dolente
Mendigar, como os magros histriões
O aplauso banal, inconsciente
Exibindo uma vis carminações.
Não lisonjeia o gosto das plateias
Nem adormece o público curvado
Ao canto amolecido das sereias
Não vai mostrar-se nua no tablado
E, todavia, entua-lhe nas veias
Um sangue ardente, juvenil, ousado!


- A propósito do benefício dado por Emília Adelaide à Sociedade Tipográfica Portuense. Excerto retirado do livro "Porto da cidade inventada", de Hélder Pacheco