quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Por momentos... eu somente

Hoje, por momentos, sentei-me à beira-rio a olhar o infinito, a ver o velho casario, a imponente Torre a mostrar sem vergonha nem pudor a sua idade, o Rio calmo e tranquilo, os barcos rabelos à espera de turistas que teimam em não chegar, ou a chegar tarde, dizendo sempre a mesma coisa: perdemo-nos.
Soube tão bem, por breves momentos sentar num banco e olhar o rio, olhar o Mundo do outro lado, imaginar as filas intermináveis, as businadelas escusadas, as bocas do arrumador, regra geral, chateado com o mundo... Foi tão bom ficar a olhar o rio, colocar os meus phones e saborear um Jazz, tão puro quanto o rio. Sabe tão bem nestes momentos sentir-me estrangeiro, abstrair-me de tudo o que se passa à minha volta e visitar, se bem que, de longe o Porto. Os preparativos da Red Bull, os eternos arrumadores a gerir os espaços públicos (muitas vezes proibido) mas aquela azáfama desaparece nos momentos em que me sento e olho o Porto, o meu Porto. Aquele Porto belo, sem problemas sociais, sem trânsito, sem confusões... Por coincidência soam no Ipod os primeiros acordes de um "Porto Sentido" que o Rui canta sobre uma aguarela de Carlos Tê. Assim, sim! Sinto que estou em casa, sinto-me seguro neste Porto, que tão bem sabe receber...
Fecho os olhos, viajo, viajo, viajo... Um dia quem sabe perca a cabeça e decida ficar por lá. Vamos ver quando é que isso acontece. Vontade? Não me falta...
Ao meu Porto, visto de Gaia!

Sem comentários: