Em qualquer folha que pegue
Em qualquer caneta que agarre
O meu pensamento e desejo é igual
Escrever
Não faço contas no papel
Não desenho uma simples casa
Mas consigo transcrever
O que me vai na alma
Já escrevi sobre o Porto
Vou escrevendo sobre:
O filme que ainda não vi
A mulher que ainda não conheci
No meu mundo
Nesse, onde entro discretamente
Mas nem por isso
Reticente
Vou falando e divagando!
Já dei por mim a falar
Sobre um lugar que ainda n visitei
Dos teatros q n assisti
Da casa dos sonhos, onde ainda n vivi
Pego no papel
Agarro a caneta
Tiro à sorte um tema
Que sai da minha gaveta
Abro a primeira
E sai desenhado um T
Abri outra e saiu
Um I
Junto as letras
E sem surpresas
O poema, esse tão esperado poema
É sobre TI
Mas porquê?
Se estás longe...
Se de mim não queres saber
Vou eu perder o meu tempo
Para sobre TI escrever?
Eu bem me parecia
Que isto da escrita
Não é normal
- Tu escreves bem?
Eu respondo:
Nem bem, nem mal!
Escrevo o que sinto
O que penso
Aponto então a caneta
Para o papel e escrevo
Esta simples pergunta:
- Quem és tu!?
Outras surgiram em catadupa:
- Quando chegas?
- A que horas?
- Porquê?
Fecho a caneta
Rasgo a folha
Não gostei do que escrevi
Simplesmente porque só estive a pensar
Em ti !
F.A
17 de Setembro de 2009
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