sexta-feira, 4 de maio de 2012
Coisas que sei ou julgo saber
Sei com certeza,
De vez em quando
Soltar uma gargalhada
Sonho contudo por vezes
Numa ou outra coisa aparvalhada
Escrevo sobre o mar,
O amor, o desejo
Escrevo sobre o Porto, Lisboa
E Alentejo
Leio poesia que me atrai
Canto canções de músicos conceituados
Falo sobre paixões, amores
E casos mal amanhados
Escrevo sobre história
Apesar de ela pouco saber
Todos os casos importantes
Aconteceram antes de nascer
Procuro saber o que não sei
Com verdade que busco em mim
Procuro sempre uma oportunidade
De fazer ou plantar num jardim
Sinto as folhas das árvores
Caindo em pleno outono
Sei do frio que faz no mundo
Mas isso não me tira o sono
Vou voando em ilusões
Nas poesias que me saem sem saber
Aquilo que eu quero
Por vezes, dizer
Tenho sorte na amizade
Tive até um pouco no amor
Magoem-me com a verdade
Que posso bem com essa dor
Procuro prazer
Em coisas simples da vida
Vou escrevendo sobre o amor
Vivido numa noite de Tavira
Escrevo sobre a calçada de Lisboa
E dos prédios da Ribeira
Divago sobre Goa
E sobre frases de Videira
Francisco Milheiro
Maio 2012
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