Sou vidro, sou água, sou vento, sou ar.
Sou tudo o que quero sem que nada me impeça
Sou um ser dividido que vive sem par
Sou tudo aquilo que a luz atravessa
De transparência me visto
Porque de transparência sou feito
Atiras-me pedras do mais duro xisto
Pensas que no chão caio desfeito
Mas sempre que o fazes, resisto.
O sol atravessa-me como ao vidro mais puro
Sinto a luz que sempre me cerca
Riscas à unha o vidro mais duro na esperança
Que um dia o brilho se perca
Chamaste vidro ao mais puro cristal
Nunca o vês porque é transparente
Pensas no bem, pensas no mal
E acabas esquecendo que apenas é gente
Procuras à volta tudo o que é transparente
Encontras certezas em que apostas a vida
Juras por tudo e mostras-te crente
Finges-te cega e tocas na ferida
Vias em mim a estátua da pedra
Que resistia à fúria usada no mal
Nunca viste que sempre brilhava
Não percebeste que era cristal
Poema que encontrei na Net, de alguém que não se quis identificar.
Simples! Objectivo! Bonito texto!
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