E as portas do céu se abriram
Quando tu me estendeste a mão,
Tão firme e poderosa, no entanto,
Tão doce e terna...
Não sei o que aconteceu. A vida me distraiu
Algo bem menos importantes, mas o momento passou
E eu?
Eu perdi aquele instante
E a vida foi correndo, bem
Menos mal, bem, depressa
Bem depressa,
E eu fui esquecendo, adiando olhar para o céu
Se cá em baixo tudo eram rosas
Porquê olhar para cima?
E a vida ia correndo
Uma vida incompleta
Sem eu perceber porquê
Eu sabia onde Tu estavas
Eu sei onde Tu estás
Mas tudo aqui em baixo, me tomava a atenção
E eu esqueci-me
De levantar os olhos
E de te procurar
Achava que me estava a sair bem
Sozinha,
Sem ti, sem ninguém
Mas quando, naquele dia a vida trovejou
Os meus passos cambaleando se trocaram
Os momentos se abalaram, a figueira não floriu
A Primavera não voltou, e a oliveira mentiu...
Caí!
Os meus joelhos dobraram
As lágrimas correram, meu semblante descaiu
E vi finalmente!
Vi! Mas com os puros olhos do coração
As portas abertas no céu, e o resto da minha vida
Bem segura e protegida
Na palma da tua mão!!
Poema retirado de um blog: http://aquietando-se.blogspot.com
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