domingo, 31 de agosto de 2008

Sentido... de hoje

Já alguma vez sentiram o mundo desabar sobre vocês? Já alguma vez perderam a força de querer continuar por este mundo estúpido e fútil? Tantas vezes levamos verdadeiras bofetadas de pessoas que, achávamos que eram nossas amigas, mas que se vieram a revelar mais tarde. Torna-se mais forte quando vem de dentro, do nosso círculo de amigos, de família (ainda pior) mas como em tudo na vida, recuperamos... engolimos o cabrão do sapo, dizemos que sim a tudo e mantemos a cabeça erguida... bem acima do nível da merda que nos circunda. Peço desculpa por estas palavras mais bruscas neste espaço mas hoje, de facto, sinto-me muito mal. Tão mal que me apetece pegar nas minhas coisas, na minha viola e partir em busca de um futuro melhor. Não tenho quaisquer problemas em admitir que de facto tenho problemas, mas por vezes precisamos de um ombro onde chorar, de um amigo que nos saiba ouvir sem nada cobrar. Como é possível alguém tão nosso AMIGO (supunha) é capaz de nos tramar em tão pouco tempo? Como é possível passar por isto de uma maneira rápida e eficaz? Sinto-me tão triste que nem a minha cadela nem o piano, muito menos a viola me conseguem trazer de volta ao meu mundo, o meu antigo mundo, que tanto gostava...

Ao menos tenho a certeza que depois de tudo isto acabar saio de consciência tranquila e com tudo o que devia (pago...). Apetece-me dizer adeus a tudo, pôr o orgulho para trás das costas e partir em direcção ao infinito. Estou a precisar de um ombro onde possa desabafar, já nem a minha almofada me ouve como deve ser. Nem as francezinhas me deixam saciado (a minha fome é outra). Sinto-me tão f.... que nem percebo como cheguei a este ponto. Coloco-me em frente ao espelho e faço as perguntas de sempre (aquelas, dos pais arrependidos quando perdem os filhos para algo mais forte, como a droga ou a prostituição...):

1º) Onde é que eu errei?

2º) O que me faltou fazer?

3º) Quem são aqueles/as que me querem bem?

4º) O que posso fazer para melhorar? Para recuperar o tempo perdido?

Todas estas perguntas ficaram sem resposta... Nem o jazz ao fundo me fizeram pensar com clareza, nunca pensei (verdade) chegar a este ponto. Apetece-me pegar no carro e só parar no fim do mundo, não interessa onde é que fica... apenas fugir por uns tempos e reflectir na bofetada que me deram, mas que raios... Quer dizer, uma pessoa esforça-se por agradar aos pais, luta para não ficar atrás dos amigos (sempre mais inteligentes...) e fazem-nos isto? Sinceramente não entendo o que preciso fazer para começarem a valorizar o que faço (e não só na escrita ou na música), em tudo... mas mesmo tudo. Talvez se eu fosse um filho prodígio, com grandes notas, com uma namorada esbelta, da Foz com um Porsche na garagem, talvez assim me deixassem de chatear e me deixassem disfrutar das coisas que a vida me vai oferecendo, isso sim, coisas que não tem valor: AMIGOS com letras grandes, neste momento tenho 3, e sinto-me uma das pessoas mais sortudas do mundo. Só elas têm a paciência para me ouvir, para me ajudar nas questões que não fazem sentido, mas que para eles são simples...

Fico à espera de mais amigos destes. Se for possível liguem-me: 91.....3.

Quem sabe, se o meu tempo por estas terras não está perto do fim, e parta à descoberta da vida (tão difícil que está... mas resolve-se)

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