terça-feira, 22 de julho de 2008

O casamento - mero papel?

Antes do casamento, pode existir a realidade do apaixonamento e a intenção de entregar-se. Contudo, não existe a realidade do amor e da entrega livremente assumidos para sempre. Por isso, "fazer amor" é verdade e portanto bom, mas só depois do casamento, que não se fundamenta na celebração externa mas sim no acto da vontade dos que se entregaram para sempre...

... Outra coisa são as condições legítimas para que esse contrato de mútua entrega seja válido. Por exemplo, no casamento religioso, exige-se que a afirmação da mútua entrega se faça perante duas testemunhas e na presença de uma testemunha qualificada que é o bispo ou o pároco (ou quem o substitua legitimamente). Mas repito que o essencial radica na vontade de se comprometer irrevogavelmente. Por isso, no caso do sacramento católico, se, no prazo de um mês não for possível, sem grave incómodo, encontrar pessoa que possa exercer esse papel de testemunha qualificada, basta a presença das outras duas testemunhas. E se o casal está romanticamente perdido numa ilha deserta, bastará a realidade do seu compromisso mútuo. Estão realmente casados, embora ninguém saiba. Mas uma vez dado o sim, dado está, para sempre, ainda que ninguém saiba senão Deus.

Pensem nisto, até ao próximo Post!

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