quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Aquele amor

Chegamos a um ponto da nossa vida, não sei se isso acontece em todos, mas ao chegarmos a esse ponto, não sabemos o que realmente queremos de verdade. Não sabemos se queremos andar no curso onde estamos, se queremos a mesma vida, os mesmos amigos, a mesma rotina, a mesma cidade. Mas o que mais magoa é quando não sabemos se aquele amor que existe em nós é satisfatório, se continua a fazer o mesmo bem que fazia nos primeiros tempos... Lutamos até demais por ele, mas os resultados, são sempre os mesmos.
E nesse momento ficamos, com o pensamento bem longe... Pensamos se deveríamos mudar, procurar um novo amor ou continuar (apesar das dúvidas!), sem aquele resultado esperado, mas com as pequenas atitudes que nos deixam felizes. Aquele amor foi embora sem nos dar explicações, aquele amor que tivemos mas que discutimos, o amor que nos traiu, aquele amor platónico da infância, aquela amizade que virou paixão e que permaneceu na amizade, aquele amor que precisou ir embora por motivos de emprego, aquele amor que foi morrendo aos poucos, aquele amor que só fazia mal, aquele amor de carnaval, aquele amor que vimos passar num final de tarde, na fila do banco, no supermercado...
São tantos os amores, mas nada é maior que aquele amor que não conseguimos esquecer de maneira nenhuma. Aquele que por mais que passem os anos, permanecerá dentro do peito. Aquele amor proibido, que de proibido se torna ainda mais amor, mais desejado. Sim, esse amor fora do normal, que sonhamos com o final feliz. Que vive em certos corações ardendo em paixão e solidão, pois muitos não podem viver juntos e assim estão separados pela distância, por causa de outra pessoa.

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